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A importância do mindfulness

Foto do escritor: Bárbara BarnabéBárbara Barnabé

Atualizado: 22 de mai. de 2021

Você sabia que, em média, temos quase 40 mil pensamentos passando por nossas cabeças todos os dias? E que somente 3% de toda a informação ao nosso redor é processada pela nossa mente? De acordo com um estudo de Harvard, nossa mente está dispersa e distraída em nossos pensamentos durante praticamente 47% do tempo.



Isso mostra que durante quase metade do tempo não estamos vivendo a situação presente, geralmente estamos ansiosos com o futuro ou preocupados com o passado, duas situações que não podemos controlar. Atualmente é ainda mais complicado manter a atenção e a concentração, já que temos tanto estímulos continuamente. Além disso, essa dispersão mental nos atrapalha a valorizar as conquistas e os momentos atuais, causando distúrbios relacionados ao bem-estar e até a felicidade.


A definição de atenção plena é dada pelo estado mental de consciência, de modo a se manter vigilante a tudo que acontece de relevante no momento presente, tantos eventos externos quanto internos. Ela contempla uma concentração natural, mas que, com tantos estímulos atualmente, se torna mais difícil de ser alcançada.


A atenção plena, ou mindfulness, é a habilidade de manter o foco consciente no momento presente, na realidade ao seu redor e na atividade que está desenvolvendo. Dessa forma, ela ajuda a controlar os pensamentos excessivos de forma que absorvemos melhor o que é importante. Ela já foi citada aqui no perfil diversas vezes, como para aplicar a escuta ativa, para auxiliar a empatia, como forma de evitar a multitarefa, para se desinfoxicar, para aumentar a produtividade, como essencial para o descanso, entre outros.


O estado de mindfulness pode ser treinado e desenvolvido, propiciando diversos benefícios, por exemplo:

  • Redução de sintomas de ansiedade e depressão;

  • Redução do estresse e de dores crônicas;

  • Redução do abuso de substâncias e prevenção de recaídas;

  • Melhora do humor e da qualidade de sono;

  • Aprofunda seu autoconhecimento e sua inteligência emocional;

  • Aumenta a concentração e a criatividade;

  • Melhora a empatia e os relacionamentos interpessoais;

  • Reduz envelhecimento do cérebro e aumenta a memória.

Uma dúvida comum que aparece quando se fala em mindfulness é confundir com meditação. No entanto, os dois termos não são sinônimos:

  • A meditação é uma técnica que permite conduzir a mente para um estado de calma e relaxamento através de métodos que envolvem postura e focalização da atenção para atingir tranquilidade e paz interior.

  • O mindfulness é um conjunto de práticas que ajudam manter a consciência no momento presente de forma a evitar fazer as tarefas no piloto automático e se dedicar ao que é realmente relevante.

É certo que a meditação faz uso do mindfulness na sua prática, afinal para se concentrar no exercício meditativo, que envolve geralmente prestar atenção na respiração e nos pensamentos, é preciso estar atento ao momento presente. O mindfulness, por outro lado, apesar de compreender a meditação, podendo também conter o ato de prestar atenção na respiração e nos pensamentos, vai muito além. A atenção plena faz uso ainda de outros métodos, como perceber os cinco sentidos, avaliar objetos no espaço físico (grounding), desligar-se dos ruídos do ambiente, se dedicar a uma atividade por vez, entre outros.


Ambas as práticas possuem diversos benefícios cientificamente comprovados e podem ser treinadas e desenvolvidas. Para conseguir incluir mais atenção plena na sua rotina, seguem 12 dicas (porque não tentar tornar hábito um dos itens deles por mês?):

  • Sinta suas emoções: tire 10min ao fim do dia, ou após uma situação específica, para refletir sobre o que está sentindo e o que isso significa (anotar é sempre bom, mas só pensar já vale);

  • Expresse gratidão: já expliquei sobre o mapa da gratidão e essa técnica também pode ser adaptada para a rotina. Separe 5min para anotar ou falar sobre o que é grato (apenas pensar não pode), o Lojong tem um diário da gratidão que pode te ajudar;

  • Perceba o seu caminhar: caminhe, mesmo que dentro de casa, e note com foco somente o movimento em silêncio, a pressão sobre seus pés, o ritmo das passadas...;

  • Sinta sua respiração: preste atenção no ar entrando e saindo, quais as sensações? Pode inspirar pelo nariz por 4s, segurar o ar por 7s e expirar pela boca por 8s;

  • Alimente-se de modo atento: faça suas refeições, pelo menos uma, prestando total atenção no que está comendo, sem se distrair com conversas, celular ou televisão. Perceba quais os gostos, qual a sensação de saciedade...;

  • Enriqueça sua mente: reserve um tempo para fazer leituras que te ajudam a desenvolver (preferencialmente longe de telas). Dê a devida importância e regularidade a este exercício;

  • Se conecte com a natureza: simplesmente sinta o cheiro de uma flor, o toque da grama ou o som da chuva. Se não tiver nada disso perto de você, nem sol direto, nem sensação do vento, pode procurar por sons na internet;

  • Medite: há vários apps, sites, podcasts e vídeos com meditação guiada para todos os níveis (há inclusive um texto sobre o Lojong);

  • Pratique um exercício físico: vale alongamento, yoga, luta ou qualquer esporte, o importante é pôr o corpo em movimento;

  • Mantenha um diário: reflita e anote os seus pensamentos e sentimentos, sem julgamentos;

  • Liste o que te distrai: perceba, anote e elimine o que te prejudica. É a notificação? Desligue-a. É o ambiente desorganizado? Arrume-o. É a sede? Tenha uma garrafa sempre por perto;

  • Junte com amigos: encontre quem esteja interessado em compartilhar o mindfulness com você! Fazer em conjunto geralmente é mais fácil, devido a cobrança mútua, e mais prazeroso.


Incluir o mindfulness na sua vida não é um processo difícil, basta ter vontade e dedicação! Qual das dicas vai tentar primeiro? Você acha que elas podem te ajudar?

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1 Comment


christiana.aguirre
Aug 11, 2021

Muito interessante sua website! Great job!

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